Portal do Português

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Questões Cesgranrio comentadas

Saudações, leitores!

            Eu não ando tão presente no blog quanto gostaria porque o tempo está corridíssimo. Apesar disso, estou aqui para comentar as últimas questões da Cesgranrio antes da prova do Banco do Brasil, que acontecerá no próximo domingo.

            Escolhi hoje questões da última prova da Petrobrás, de 2012 (cargo de nível superior, com formação em Administração).

            Aqui estão:

Questão 01: O trecho “Pensa-se logo num palhaço” (l. 38-39) pode ser reescrito, respeitando a transitividade do verbo e mantendo o sentido, assim:

(A) O palhaço pode ser logo pensado.

(B) Pensam logo num palhaço.


(C) Pode-se pensar num palhaço.


(D) Pensam-se logo num palhaço.

(E) O palhaço é logo pensado.

RESPOSTA:

            O próprio enunciado da questão já dá a dica: para resolvê-la, o candidato tem que verificar a transitividade verbal. Quem se lembrou de que somente VTD e VTDI aceitam voz passiva elevou muito as chances de marcar a alternativa correta.

            O verbo “pensar” foi, aqui, usado como VTI. Sendo assim, aquele “se” que o acompanha não pode ser considerado partícula apassivadora. Conclui-se, então, que a frase não está na voz passiva sintética e que não pode ser convertida para a voz passiva analítica.

            A voz do verbo, no trecho do enunciado, é ativa. O “se” que o acompanha tem a função de mostrar que não se sabe ou não há interesse em dizer quem é o sujeito. Logo, o “se” é um índice de indeterminação do sujeito.

            Sabendo que verbos que não sejam VTD ou VTDI não aceitam a voz passiva, podemos eliminar as alternativas A e E.

            Outro detalhe: quando um verbo é acompanhado de “se” com a função de IIS, ele deve ficar na 3a pessoa do singular. Logo, podemos eliminar a alternativa D.

            Ficamos entre B e C.  A alternativa C apresenta uma frase correta, com “se” exercendo a função de IIS. Todavia, o sentido dela é diferente do sentido apresentado pelo trecho do enunciado. Neste, não há ideia de possibilidade. Naquele, sim.

            A resposta, então, é a letra B. Além do uso do “se” – IIS, há outra forma de indeterminar o sujeito: utilizando-se o verbo na 3a pessoa do plural sem que haja referência anterior ao sujeito dele. Logo, o sentido de “pensa-se logo num palhaço” é o mesmo de “pensam logo num palhaço”.

RESPOSTA: letra B.

 

Questão 02: A expressão em que a retirada do sinal indicativo de crase altera o sentido da sentença é

(A) Chegou à noite.


(B) Devolveu o livro à Maria.


(C) Dei o presente à sua irmã.


(D) O menino foi até à porta do circo.

(E) O circo voltou à minha cidade.

RESPOSTA:

Nem sempre a  retirada do acento grave indicativo de crase acarretará erro. Quando a crase for facultativa, sua retirada em nada alterará a sentença; se ela for obrigatória, sua omissão implicará erro; caso ela seja proibida, não deve aparecer de jeito nenhum.

Em algumas situações, porém, a opção pelo uso do sinal indicativo de crase depende do sentido que se deseja dar à frase.

Na questão analisada, temos as seguintes situações:

Letra B – crase facultativa: o uso da crase antes de nome próprio feminino obedece às seguintes regras:

1. Nome próprio completo: crase proibida, pois o uso da crase indica que há, além da preposição, o artigo “a”. A colocação de artigo antes de um nome próprio denota um contexto de intimidade, enquanto o uso do nome próprio completo indica que há formalidade. Logo, a convivência entre artigo e nome completo é algo incoerente.

2. Nome próprio – uso do primeiro nome + determinante que indique proximidade: crase obrigatória. Se houver alguma expressão que denote intimidade, o artigo deverá ser usado antes do nome. Se o nome for feminino e precedido, também, da preposição A,  ocorrerá crase. Se tivéssemos, então, a sentença “dei um presente à Ana, minha amiga”, a crase seria obrigatória.

3. Nome próprio – uso somente do primeiro nome, sem determinante que indique intimidade: crase facultativa. Como não há contexto que indique intimidade e nem que indique formalidade, a colocação da crase passa a ser uma opção de quem escreve.

Letras C e E – crase facultativa.

            O uso de artigo antes de pronomes possessivos é facultativo. Logo, posso dizer tanto “este é o meu livro” quanto “este é meu livro”.  Quando temos um pronome possessivo feminino singular precedido da preposição “a”, deparamos com a seguinte situação: não é possível afirmar com certeza se, além da preposição, há também um artigo ali. Vejamos:

Dirigiu-se a minha bicicleta.

            Havendo ou não artigo nessa frase, o “a” ficará no singular, pois artigos concordam com o termo a que se referem.  Se a crase acontecer, é sinal de que o artigo está lá; se não for, só há preposição. Usar ou não o acento grave, nesse caso, é opção de quem escreve.

            Se, todavia, estivéssemos diante do seguinte enunciados, a situação seria outra:

Referiu-se às minhas palavras.

            Aqui, temos um pronome possessivo feminino plural precedido por “as”, também no plural. Como a preposição é uma palavra invariável, sabemos que o termo que foi para o plural, acima, é um artigo. Logo, ÀS é a soma de A (prep.) + A (art.). Assim, havendo exigência de preposição, se tivermos AS + pronome possessivo feminino no plural, a crase será obrigatória.

            Pelo contrário, se a frase fosse escrita como abaixo, o que ocorreria?

Referiu-se a minhas palavras.

            A ausência de concordância entre o “a” e o “minhas”, acima, indica que não há artigo para se fundir com a preposição, de modo que a crase não pode acontecer. Conclusão: quando há exigência de preposição, se houver um A (singular) que anteceda pronome possessivo feminino no plural, a crase será proibida.

OBSERVAÇÃO: se houver palavra subentendida, a crase antes de pronome possessivo feminino singular será obrigatório. Exemplo:

Referiu-se às minhas palavras, não às suas. (O vocábulo “palavras” está subentendido aí, depois de suas. Logo, a crase é obrigatória).

Letra D – crase facultativa.

            A regra geral enuncia que não pode haver crase depois de preposição. Temos, todavia, uma exceção: após a preposição “até” a ocorrência de crase é facultativa, pois, nesse caso, o uso da preposição “a” é facultativo! Observem:

Fui até o parque.

Fui até ao parque.      

            Ambas as frases acima estão corretas. Na primeira, optou-se por não usar a preposição “a”. Na segunda, ela foi usada. Quando a palavra é feminina, a opção pelo uso da preposição “a” acarreta sua fusão com o artigo “a”, o que implica a existência do sinal indicativo de crase.

O menino foi até a porta do circo – somente artigo

O menino foi até a+a porta do circo – preposição + artigo = O menino foi até à porta do circo.

Letra A – pode-se usar ou não a crase, mas a opção por usar ou não acarreta variação brusca de sentido.

Chegou à noiteo termo em negrito é uma expressão adverbial feminina, por isso apresenta acento grave. O sujeito é desinencial, marcado pela terminação do verbo (3a pessoa do singular – ele/ela).

Chegou a noiteo termo em negrito é o sujeito da frase (quem chegou? A noite). Como é sujeito, não pode apresentar acento grave, pois o núcleo do sujeito não pode ser preposicionado. Essa frase equivale a dizer “anoiteceu”.

Sendo assim, a alternativa em que a retirada do sinal indicativo de crase acarreta mudança de sentido é a letra A.

RESPOSTA: letra A.

            Espero que essas últimas dicas voltadas para a prova do Banco do Brasil tenham sido úteis!

            Boa sorte a todos que vão se submeter ao concurso!

            Abraços!

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Semana Cesgranrio – parte II

Oi, concurseiros de plantão!

 

Sejam todos bem-vindos de volta depois do feriadão do carnaval!

 

Espero que todo mundo tenha descansado o bastante para conseguir retomar de verdade a preparação para os concursos!

 

Vamos lá, galera! Para (re)começar, encaremos mais algumas questões da prova de Inspetor de Segurança Júnior da Petrobrás, aplicada pela Cesgranrio em 2010:

 

 

Questão 01:

“(…) Mas o grande impacto do laser na medicina só viria na década de 90, com a difusão do aparelho por pulsos. A emissão passou a ser feita, por exemplo, por meio de microtiros, o que permitiu o uso de potências elevadas em procedimentos delicados ou superficiais. (…)”

 

 A palavra “…emissão…” (l. 55) está sendo usada no mesmo sentido que se encontra em

 

(A) A emissão do dinheiro pelo governo foi alta neste semestre.

(B) A emissão de calor do Sol é incomparável ao de outras fontes.

(C) A autoridade não quer ouvir a emissão de nenhuma opinião.

(D) O depósito deve ser feito por emissão de vale bancário.

(E) Nenhum jornal traz a emissão clara de suas posições políticas.

 

RESPOSTA:

Para dirimir dúvidas relacionadas a questões sobre sentidos de palavras, é útil consultar um bom dicionário. Vejamos o que o Houaiss traz sobre as acepções do vocábulo “emissão”:

  1. Ato de emitir ou projetar de si; colocar em circulação.
  2. Ato de pôr em circulação novas notas de dinheiro ou moedas; operação pela qual um banco ou o Estado oferece ao público ações, obrigações ou títulos de renda.
  3. Qualquer processo físico que implique uma liberação de energia sob forma de partículas ou de radiação.
  4. No esquema da comunicação, a ação de emitir a mensagem; ato, processo ou efeito de produzir enunciados.
  5. A produção do som.

 

A acepção contida em (1) é abrangente demais e combina com qualquer das alternativas. Os exemplos dados pelo Houaiss para (1) incluem “emissão de luz:, : emissão de esperma”; “emissão de palavras”. Nesse sentido, qualquer coisa que seja projetada de outra sofreu uma emissão. Sendo assim, a acepção (1) não funciona para a questão, pois é genérica demais e nos deixaria sem resposta.

 

Uma leitura cuidadosa é capaz de nos deixar certo que, no trecho do texto citado pela questão, o vocábulo “emissão” é tomado no sentido de (3). O mesmo acontece com a alternativa B. As outras alternativas, além de se encaixarem genericamente na acepção (1), podem ser classificadas assim:

 

Letra A: acepção (2); letra C: acepção (4); letra D: acepção (2); letra E: acepção (4).

 

RESPOSTA: letra B.

 

 

Questão 02: Em qual das frases a seguir os verbos empregados estão conjugados de acordo com a norma culta da língua?

 

(A) Se você vir cedo, vai me encontrar em casa.

(B) Se você propor assistir a um bom filme, eu vou com você.

(C) Se você ver o vizinho, diga que quero falar com ele.

(D) Você quer que eu trago o aparelho novo?

(E) Você quer que eu ponha o CD para tocar?

 

RESPOSTA:

Nas alternativas A, B e C, ocorro erro relacionado ao uso do futuro do subjuntivo. A presença de uma conjunção subordinativa (no caso, “se) indica que deverá ser usado um verbo nesse tempo e nesse modo.  Quando isso acontece, pensemos no seguinte:

  1. O futuro do subjuntivo é um tempo verbal derivado da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo.
  2. A derivação de dá da seguinte maneira: i) identificamos a terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo do verbo em questão. Nas alternativas mencionadas, temos os verbos vir, propor e ver, cujas terceiras pessoas, no pretérito perfeito do indicativo, são: vieram, propuseram (o verbo propor é derivado de por e, por isso, conjuga-se como este) e viram.
  3. Das formas conjugadas no item acima, subtrai-se o RAM e obtêm-se as bases: vie, propuse e vir.
  4. Para formar o futuro do subjuntivo, acrescenta-se o R (desinência modo-temporal) e, se for o caso, também a desinência indicativa da pessoa e do número (número-pessoal).
  5. Exemplificando o item 4, conjuguemos o verbo vir no futuro do subjuntivo: se eu vier, se tu vieres, se ele vier, se nós viermos, se vós vierdes, se eles vierem.
  6. As formas corretas seriam: letra A – se você vier cedo; letra B – se você propuser assistir a um bom filme; letra C – se você vir o vizinho.

 

Nas alternativas D e E há o emprego do presente do subjuntivo. Em um dos casos,  há erro. O presente do subjuntivo deriva do presente do indicativo da maneira explanada a seguir:

  1. A primeira pessoa do singular do presente do indicativo origina o presente do subjuntivo (que, assim como os demais tempos do subjuntivo, será acompanhado por conjunção subordinativa – no caso, que). Trabalharemos com os verbos trazer e por.
  2. Das primeiras pessoas do singular do presente do indicativo dos verbos, subtrairemos a letra O do final para obtermos a base: eu trago  – TRAG; eu ponho – PONH.
  3. Com os verbos terminados em AR, formaremos o presente do subjuntivo com a adição de E à base. Com os verbos terminados em ER ou IR, deveremos adicionar A à base.
  4. Exemplificativamente: que eu ponha, que tu ponhas, que ele ponha, que nós ponhamos, que vós ponhais, que eles ponham.
  5. Logo, o correto é dizer: letra D – você quer que eu traga…; letra E – você quer que eu ponha…

 

RESPOSTA: letra E.

 

 

Questão 03: Em qual das frases a seguir falta o sinal indicativo de crase?

 

(A) Os estudantes seguiram a pé.

(B) Ela doou muitos livros a biblioteca pública.

(C) Esta área será recuperada a partir do ano que vem.

(D) Ele começou a reclamar sem parar.

(E) Ofereci a ela um cargo na empresa.

 

RESPOSTA:

Letra A: não pode haver, aqui, o sinal indicativo de crase porque o a está antes de , formando uma expressão adverbial masculina. Em relação às expressões adverbiais, é importante lembrar que somente as femininas levam crase (como à frente, à direita etc.).

Letra B: o verbo doar foi empregado como bitransitivo, ou seja, VTDI. O OD é muitos livros, e à biblioteca é OI. Deverá haver crase por causa da fusão entre o a preposição e o a artigo (doou muitos livros a+a biblioteca). Esta é a resposta da questão.

Letra C: não se deve usar crase antes de verbo. Logo, a partir não apresenta crase.

Letra D: justificativa idêntica à imediatamente anterior.

Letra E: não se usa crase antes de pronomes pessoais, como ela, eu, mim etc.

 

Resposta: letra B.

 

 

Questão 04: “(…) Ainda que o laser seja um septilhão de vezes mais forte, ele provocava menos efeitos colaterais, como queimaduras. Isso porque, ao contrário da energia solar, é mais controlável e direcionável. (…)”

 

A frase “Ainda que o laser seja um septilhão de vezes mais forte, ” (l. 47-48) em relação à sentença seguinte “ele provocava menos efeitos colaterais, como queimaduras.” (l. 48-49), indica

 

(A) causa.

(B) consequência.

(C) condição.

(D) oposição.

(E) restrição.

 

RESPOSTA: ainda que é um conector concessivo (tem o mesmo valor de embora, conquanto, posto que etc). Quando há, entre duas orações, uma relação de concessão, podemos dizer que o que uma das orações expressa não acarretará impedimento para que o expresso na outra se realize. Vejamos um exemplo:

 

Conquanto fosse inteligente, sempre ia mal nas provas da faculdade.

 

Com a leitura, percebemos que o fato informado na oração introduzida pelo conector concessivo (conquanto) não é impedimento para que o exposto na outra oração se concretize. A ideia é de “mesmo assim”: Era inteligente. Ia mal nas provas mesmo assim.

Existe, então, uma noção de oposição entre os dois fatos afirmados: ser inteligente e ir mal nas provas.

O mesmo acontece com as orações citadas na questão. O laser era um septilhão de vezes mais forte (do que outra energia aplicada). Essa ideia opõe-se ao fato de ele causar menos efeitos colaterais (O laser era um septilhão de vezes mais forte. Mesmo assim, causava menos efeitos colaterais).

 

RESPOSTA: letra D.

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Semana Cesgranrio com prova da Petrobrás – 2010!

Queridos leitores,

Esta semana é de carnaval, mas também é de estudos!

Para quem resistiu à folia e continua firme e forte nos estudos, seguem algumas questões da Cesgranrio, tiradas da prova para Inspetor de Segurança Júnior da Petrobrás, aplicada em 2010.

Quem estiver descansando durante o carnaval está perdoado, mas quinta-feira tem mais post… Como o feriado já vai ter acabado, quero todo mundo aqui! =]

Bons estudos para vocês!

Abraços!

 

Questão 01: De acordo com a norma culta da língua, a palavra destacada está INCORRETAMENTE usada em

 

(A) Só se preocupa com si, não liga para os outros.

(B) Se o prêmio é para mim, eu fico feliz.

(C) Fiz este bolo de chocolate para ti.

(D) As tarefas para eu fazer não esperam para depois.

(E) A motivação que nos move é a realização pessoal.

RESPOSTA:

Quando usamos a preposição com mais o pronome oblíquo si, obtemos a forma consigo. As formas si e consigo somente podem ser usadas para que se faça referência ao próprio sujeito da oração (têm valor reflexivo). A escolha do pronome si na frase da alternativa A foi acertada. O erro ocorreu porque ele não foi associado à preposição com como deveria ter sido. O correto seria: Só se preocupa consigo, não liga para os outros. Se a preposição fosse outra e o valor de reflexividade existisse, o uso de si poderia estar correto, como em Só fala de si, não fala dos outros. Esta é a resposta da questão.

Letras B e C: os pronomes pessoais do caso reto eu e tu (que funcionam como sujeito ou predicativo do sujeito) têm como pronomes do caso oblíquos correspondentes o mim e o ti, respectivamente. Quando um termo referente à 1a ou à 2a pessoa do singular não exercer função de sujeito ou de predicativo, ele deverá ser representado por mim ou por ti (a depender da pessoa). Sendo assim, as alternativas B e C estão corretas, pois os termos grifados não são nem sujeito, nem predicativo do sujeito.

Letra D: eu, aqui, exerce a função de sujeito do infinitivo fazer. Sendo assim, a frase está correta, pois mim, por ser um pronome oblíquo, não poderia exercer tal função. Estaria errado dizer: as tarefas para mim fazer. Logo, conclui-se que mim não pode exercer a função de sujeito de um verbo.

Letra E: nos complementa, na frase em análise, o verbo mover. A função de OD pode, perfeitamente, ser exercida por nos (em se tratando de complementação verbal, me, te, se, nos e vos podem ser OI ou OD; lhe somente pode ser OI; o, a, lo, la, no, na e seus plurais, somente OD). A frase está correta.

RESPOSTA: letra A.

Questão 02: Dentre as frases a seguir, aquela em que NÃO é adequado o emprego da palavra “de” na lacuna, de acordo com a norma culta da língua, é

 

(A) Todo cidadão responsável deve ___ cumprir a lei.

(B) Lembrou-se ___ confirmar a reunião.

(C) Ele não gostou ___ repreender o funcionário.

(D) A secretária informou o chefe __ todas as providências.

(E) Precisa-se __ funcionários ativos e experientes.

RESPOSTA:

A locução verbal “deve cumprir” não aceita a utilização da preposição de entre um verbo e outro. Nos outros casos:

Letra B: o verbo lembrar poder ser VTD ou VTI. Se for VTD, não será pronominal. Será, portanto, utilizado sem o pronome e sem a preposição de (ex.: lembrou o fato); Se for VTI, será pronominal, devendo ser usado com o pronome e com a preposição de simultaneamente (ex.: lembrou-se do fato).

Letra C: o verbo gostar é VTI e rege a preposição de.

Letra D: o verbo informar é VTDI, ou seja, apresenta um OD e um OI. Na frase da questão, o OD é o chefe. Assim, o outro complemento verbal terá que ser um Oi, introduzido por uma preposição (nesse caso, de). O OI é de todas as providências.

Letra E: O verbo precisar é um VTI que rege a preposição de. No caso em análise, aparece acompanhado do se com função de índice de indeterminação do sujeito e, por isso, está na 3a pessoa do singular.

Resposta: letra A.

Questão 03: Em qual das frases a seguir a concordância verbal está estabelecida corretamente, de acordo com a norma culta da língua?

 

(A) Mais de um vendedor quiseram me vender MP3.

(B) Existe muitas pessoas que gostam de ouvir jogos no radinho de pilha.

(C) Gláucia foi uma das que insistiram em comprar um radinho.

(D) Fui eu que procurou o radinho nas lojas do centro.

(E) O pessoal lá de casa me aplaudiram quando cheguei com o radinho.

 

RESPOSTA:

Letra A: em expressões que indicam quantidade aproximada, caso de mais de um(a), o verbo deve concordar com o numeral. Sendo assim, o correto seria Mais de um vendedor quis me vender MP3. Alternativa Incorreta.

Letra B: o verbo existir é pessoal e apresenta sujeito, com o qual deve concordar (não o confunda com o verbo haver no sentido de existir, que é impessoal, não apresenta sujeito e deve ficar sempre na 3a pessoa do singular). Seria certo dizer: Existem muitas pessoas que gostam… Alternativa incorreta.

Letra C: quando usamos o termo um dos que/uma das que, podemos optar pela concordância lógica (com o núcleo do sujeito) ou atrativa (com o termo mais próximo). Logo, estão corretas tanto Gláucia foi uma das que insistiram quanto Gláucia foi uma das que insistiu. Alternativa correta.

Letra D: quando o pronome que exerce a função sintática de sujeito, o verbo deve concordar com o termo antecedente (referente do que). O certo é escrever: Fui eu que procurei o radinho… Alternativa incorreta.

Observação: quando o pronome relativo que exerce a função de sujeito é o quem, o verbo poderá tanto concordar com o termo antecedente quanto com o próprio quem, ficando na 3a pessoa do singular. Assim, pode-se dizer tanto fui eu quem procurei quanto fui eu quem procurou.

Letra E: o sujeito tem como núcleo a palavra pessoal e, por isso, o verbo a ele ligado deve ficar na 3a pessoa do singular: o pessoal lá de casa de aplaudiu… Alternativa incorreta.

RESPOSTA: letra C.

 

Questão 04: Dentre os pares de palavras a seguir, NÃO há relação de significados em

 

(A) transmitir – transmissão.

(B) exato – exatidão.

(C) medicar – medicamento.

(D) aviar – avião.

(E) nascer – nascimento.

RESPOSTA:

A única alternativa em que não há qualquer relação entre o primeiro e o segundo termos é a letra D. Em todas as outras, a relação de significados existe.

“Aviar” tem diversas acepções, e a mais conhecida delas é que atribui a este verbo o significado de preparar medicamento de acordo com receita  médica, ou seja, nada tem a ver com aviões. Aliás, nenhuma das acepções menos usadas de “aviar” pertence ao campo semântico da palavra “avião”.

Resposta: letra D

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